quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

PROTESTO NEGRO !

TODOS CONTRA A HIPOCRISIA RACISTA!

SOLTEM OS CRESPOS! PRENDAM OS RACISTAS !!!

(Fotos de Paula Rodrigues)




Ativistas da UNEafro, Levante Popular, Circulo Palmarino, Sarau da Brasa, Coletivo Feminista Yabá, Coletivos de Estudantes de Direito da PUC-SP, Núcleo de Consciência Negra da USP e independentes ocuparam, na última terça-feira, dia 13 de Dezembro,  a rua defronte ao Colégio Internacional Anhembi Morumbi, em protesto às denúncias de Racismo feitas pela estagiária Ester, que teria sido coagida a alisar seu cabelo para trabalhar na instituição.




Além de manifestar seu repúdio a postura arrogante do Colégio, que por um lado nega veementemente o racismo e por outro não dá respostas do ocorrido à sociedade, o movimento exigiu a implementação da Lei 10639/03 que institui o fomento da histórica e cultura afro-brasileira também em escolas particulares, e exigiu reparação e indenização imediata à estagiária Ester Elisa da Silva Cesário.


























20 de Novembro - Consciência e luta!

20 de Novembro de 2011
Dia Nacional da Consciência Negra
Dia de luta do povo negro brasileiro






MARCHA DA CONSCIÊNCIA NEGRA – 2011 foi um grande sucesso!
A construção, compartilhada por diversos grupos organizados nas periferias de SP garantiram a tematização do maior dos problemas causados pelo racismo brasileiro: o Genocídio da Juventude Negra.







Nesse sentido nos sentimos vitoriosos em ter feito ouvir em São Paulo, o Estado mais racista do país, a voz dos que mais sofrem o principal ideologia da dominação das elites sobre nosso povo.




Aos mais de 3 mil guereiros e guerreiras que marcharam da Av. Paulista até o Largo do Payssandú, no Centro de SP, muito axé!


Em 2012 construiremos muitos outros momentos de mobilização e luta do povo negro se São Paulo e do Brasil.


E até lá, a luta contra o racismo, o machismo e a homofobia é cotidiana!






segunda-feira, 10 de outubro de 2011



UNEafro-Brasil e UFABC reúnem mais de mil estudantes em Treinamento para o Enem 2011

A UNEafro, como apoio da UFABC e do Cursinho da Poli, reuniu no último domingo, dia 09 de Outubro, mais de mil e duzentos estudantes, maioria alunas e alunos dos Cursinhos Comunitários da UNEafro, além de estudantes de Escolas Públicas que se inscreveram para participar do TREINAMENTO ENEM 2011.







O Campus de Santo André, da Universidade Federal do ABC, ficou tomado por estudantes que ocuparam todo o salão vermelho. Professores voluntários, ativistas e convidados também estiveram presentes.

Programação do dia: Debate e Ato Político sobre Atualidade e Educação, seguida das aulas objetivas de Linguagens, Códigos e suas tecnologias, com o Professor André Valente, Matemática e suas tecnologias com o Professor Alessandro, Ciências da Natureza e suas tecnologias com o Professor Adauto Pessoa e aula de Ciências Humanas e suas tecnologias com o Professor Fabio Kazama, todos do Cursinho da Poli que voluntariamente deram um show para nossos estudantes!

O dia começou com a exposição de convidados que abordaram a importância do Enem, o papel das Universidades Federais e a necessidade do aumento dos investimentos em Educação para a ordem de 10% do PIB. O primeiro a intervir e fazer as honras da casa foi o Profª Joel Pereira Felipe, pró-reitor de políticas afirmativas e assuntos comunitários da UFABC.

Atentas/os, a estudantada não perdeu nada! Núcleos de Cursinhos UNEafro de todas as regiões de São Paulo estiveram presentes: SP Capital, Brasilândia, Jd. Miriam, Capão Redondo, Penha, Vila Sônia, Pq. São Rafael, Cohab II Itaquera, Guaianases, Guarulhos, Poá, Itaquá, Suzano, Migo, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Campinas, Itatiba, Piracaia, Atibaia, Nazaré Paulista, e Bragança Paulista, além de alunos de E.E. Bloem e diversas outras escolas públicas do Estado de SP.

No momento seguinte foi composta uma mesa de reflexão composta por pelo Deputado Federal Ivan Valente (Psol), Douglas Belchior (UNEafro), Profº Giba (Poli). Bruna (Cursinho da UFABC).

10% do PIB para a Educação Já!
Ainda durante a atividade inicial, Ivan Valente, autor da proposta de um Plebiscito sobre o aumento dos 10% do PIB para Educação, reafirmou importância da mobilização para alcançar essa vitória. Douglas Belchior, membro do Conselho Geral da UNEafro declarou que o movimento está ao lado dos movimentos populares que reivindicam o aumento dos investimentos em educação para 10% do PIB. Não é possível imaginar um desenvolvimento sustentável e socialmente justo em uma socie­dade que não prioriza a educação, não valo­riza professores e não democratiza o acesso. Defendemos uma radical reformulação da educação brasileira, não apenas no que diz respeito aos recursos, mas ao modelo edu­cacional, aos valores e aos métodos. Sobre­tudo, nos opomos ao modelo neoliberal de educação que, infelizmente, ainda caminha a passos largos em nosso país. Exigimos 10% do PIB para o investimento em uma educação de qualidade, gratuita, popular, laica, antirra­cista, antimachista e anti-homofóbica.


CARTA ENCAMINHADA AO CONGRESSO NACIONAL, ATRAVÉS DOS DEPUTADOS IVAN VALENTE E CARLOS GRANA, PRESENTES À ATIVIDADE:



São Paulo, Domingo, 09 de Outubro de 2011

À
Presidenta da República Dilma Roussef
Ao
Ministro de Estado da Educação
Profº Fernando Haddad


Assunto: DEMANDAS POLITICAS DO MOVIMENTO DE CURSINHOS COMUNITÁRIOS – UNEAFRO BRASIL


A UNEafro-Brasil - movimento popular que organiza Cursinhos Comunitários Preparatórios para o ENEM, Concursos e Vestibulares dirigidos à população negra e à classe trabalhadora - surge e atua em defesa da educação pública, gratuita, de qualidade e de pleno respeito à diversidade. Mantemos, cotidianamente, através do trabalho voluntário de centenas de professores e ativistas sociais, 42 núcleos de Cursinhos Comunitários nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Pará.

Hoje reunidos na Universidade Federal do ABC, campus de Santo André, estamos nós, professores, ativistas e principalmente estudantes que, através desta, reivindica ações necessárias e urgentes para um país que historicamente condenou a educação pública a completa precarização e negou a ela o teor transformador e libertador que, segundo Paulo Freire - e concordamos com ele, a Educação deveria ter.

Nesse sentido, pontuamos em poucas palavras, mas com a necessária e fraterna contundência, demandas importantes ao nosso Movimento e a todos os estudantes de escolas públicas e de Cursinhos Comunitários do País:


Sobre o combate à miséria

O Brasil recebeu com satisfação e esperança a notícia de que o governo da Presidenta Dilma Roussef vai priorizar o combate à miséria nas ações estatais. No entanto, acreditamos que a superação da pobreza depende, fundamentalmente, do rompimento com os interesses do grande capital, no Brasil representado por latifundiários e empresários do agronegócio, por banqueiros, especuladores financeiros e empresas multinacionais de diversas áreas. Daí porque somente uma mudança estrutural nas relações políticas e econômicas será capaz de eliminar tais desigualdades.

Educação e combate a miséria

A Educação é, sem dúvida, um mecanismo fundamental para a superação da miséria e do racismo que tanto assolam nosso país. Ademais, não há dúvidas quanto ao tamanho do desafio, visto que a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD) divulgada no final de 2010 apontou que o Brasil possui 14 milhões de analfabetos. E mais uma vez, percebe-se a população negra entre os mais preteridos no acesso a este direito.

Aqueles/as que conseguem superar o analfabetismo encontram inúmeros desafios para completar o ensino médio, ter acesso a cursos técnicos e principalmente às universidades. Mesmo com o advento do PROUNI e o fomento do ENEM enquanto via de acesso mais democrática, as camadas mais empobrecidas da população tem ficado às margens destas conquistas, visto o deficit na preparação prévia adequada.

É justamente a esse desafio que a UNEafro-Brasil se lança, cotidianamente, a partir de um grande e permanente mutirão educacional. Por meio da ação voluntária de centenas de professores, trabalhamos para além das disciplinas da grade oficial, incluindo em nosso curriculo temáticas cruciais da sociedade brasileira atual, como o combate ao racismo e ao preconceito, melhoria da qualidade da escola pública, combate à violência urbana, prevenção ao uso de drogas, protagonismo juvenil, convívio e fomento da diversidade (gênero, etnia, idade, orientação sexual e opção religiosa) e o estudo da história afro-brasileira, compreendida pela lei 10.639/03.


10% do PIB para a Educação Já!

UNEafro-Brasil está ao lado dos movimentos populares que reivindicam o aumento dos investimentos em educação para 10% do PIB. Não é possível imaginar um desenvolvimento sustentável e socialmente justo em uma socie­dade que não prioriza a educação, não valo­riza professores e não democratiza o acesso. Defendemos uma radical reformulação da educação brasileira, não apenas no que diz respeito aos recursos, mas ao modelo edu­cacional, aos valores e aos métodos. Sobre­tudo, nos opomos ao modelo neoliberal de educação que, infelizmente, ainda caminha a passos largos em nosso país. Exigimos 10% do PIB para o investimento em uma educação de qualidade, gratuita, popular, laica, antirra­cista, antimachista e anti-homófobica.


Material didático preparatório para Enem: Público e para livre reprodução

A falta de vagas no ensino superior e a peneira injusta do vestibular nas uni­versidades públicas tornaram os cursinhos comunitários uma realidade em todo o país. Os cursinhos comunitários conseguem desenvolver um ótimo trabalho educacional e de mobilização, mas há o desafio permanente em conseguir um material didático que reúna baixo custo e qualidade.

Dessa forma, a UNEafro-Brasil reitera a reivindicação, já registrada em 22 de Agosto, em audiência junto ao Sr. Ministro da Educação Fernando Haddad,  os seguintes pontos:

·         Elaboração de Material Didático Preparatório para ENEM e disponibilização do conteúdo para livre reprodução por parte de todos os Cursinhos Comunitários e Populares do Brasil e a elaboração de material para aplicação de Simulados de Exame do ENEM, voltado para alunos destes Cursinhos;
·         Disponibilização do mesmo material impresso para os estudantes do 3º ano do Ensino Médio em todo o Brasil;
·         Disponibilização deste material impresso, a ser distribuído às redes de Cursinhos Comunitários e Populares devidamente cadastradas no MEC;


Política de Permanência de Negros e Pobres da Pré-Escola ao Ensino Médio!

Sabemos o quanto a evasão escolar incide como um impedimento de desenvolvimento individual, familiar comunitário. Sabemos também o quanto é complexa a realidade ao redor das motivações da evasão escolar. Ainda assim, é possível afirmar que um dos principais motivos de evasão escolar é a necessidade de o jovem conciliar trabalho e estudo.  Em especial a jovem negro.

A UNEafro defende a criação de uma Política de Permanência de Negros e Pobres da Pré-Escola ao Ensino Médio. Essa Política deve se inspirar no modelo de política de permanência adotado pelas Universidades Federais, que por meio de bolsas-auxílio, garantem moradia, alimentação e transporte aos estudantes. No caso mais específico, o benefício deve ser ampliado no sentido de garantir que o aluno não seja obrigado a deixar os estudos para ajudar no sustento da família.


LEI 10639 – Um avanço apenas Simbólico

Apesar de ter sido aprovada há oito anos, a Lei 10.639/03 ainda não foi efetivada. O movimento negro tem denunciado o descaso dos sucessivos governos, nos níveis federal, estadual e municipal. A aprovação dessa Lei é uma das poucas vitórias institucionais do movimento negro nos últimos anos. No entanto, o sentimento é de que ganhamos, mas não levamos! A lei não se efetiva, em parte por falta de vontade política dos governos e por outra, pelas ‘desculpas’ de falta de verba pública.

Para além de campanhas e mobilizações de reivindicação pela efetivação prática da Lei 10639 por parte do Estado, entendemos que os Movimentos Populares têm muito que contribuir para a constituição dos materiais pedagógicos e do relato de suas vivencias;

A partir desta perspectiva, a UNEafro produziu um vídeo educativo denominado Juventude Negra: preconceito e morte, onde especialistas, intelectuais e militantes sociais resgatam a história de resistência da população negra escravizada, bem como a herança de descaso e abandono a qual essa população foi condenada nestes 123 anos de pós abolição.

Requeremos que o MEC e, a partir daí, os setores competentes do Governo Federal, adotem essa produção como uma das peças a serem fomentadas como instrumento de aplicação da Lei 10639, dirigidos para a formação de professores e estudantes das escolas públicas em todo país.

Por fim, enfatizamos o momento historico de rediscutirmos o tipo de Educação que o Brasil quer e precisa.  A UNEafro-Brasil coloca-se a disposição para essa construção!

Aguardamos.

Cordialmente,


Conselho Geral da UNEafro-Brasil

domingo, 7 de agosto de 2011

Violência do Estado e os Desafios para a Psicologia Social

ABRAPSO - NÚCLEO SP

Grupo de Discussão

Violência de Estado e Preconceito Racial

Com Milton Barbosa (MNU) e Douglas Belchior (UNEafro)

Sexta-Feira, 19 de Agosto, às 16h30

VEJA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA:


sábado, 6 de agosto de 2011

4ª Assembleia Geral da UNEafro-Brasil:
Formação política é ação prioritária!

Bandeiras para Jornada de Lutas 2011:

10% do PIB para Educação Já!
Por uma Política de Permanência de Negros e Pobres da Pré-Escola ao Ensino Médio!
Material Didático Público para Cursinhos Comunitários e Populares!
Mínimo obrigatório de 10% dos recursos destinados para a educação, dirigido à efetivação da Lei 10639/03, em níveis de Federação, Estados e Municípios!


A UNEafro-Brasil realizou nos dias 19, 30 e 31, na Escola Nacional Florestan Fernandes, em Guararema – SP, sua 4ª Assembleia Geral.  Participaram 120 delegados, representantes dos Núcleos de Base e Grupos de Trabalho do Movimento, entre eles, uma delegada da Bahia, Pâmela Neves Braga, que coordena um Cursinho da UNEafro na comunidade de Coutos, subúrbio de Salvador.

O Encontro reafirmou o compromisso do Movimento a luta anti-racista e anti-capitalista, e elegeu a prática da formação política como prioridade em seus Núcleos de Base a partir de quatro eixos fundamentais: Relações Raciais, Questão de Gênero e Luta de Classes.




O maior espaço da Assembleia foi reservado para momento de formação e reflexão. No sábado pela manhã foi promovido o debate "Educação, Combate ao Racismo e Luta Política: Cursinhos Comunitários podem ajudar?". Ajudaram na reflexão as convidadas Mariza Feffermam, do Tribunal Popular e Sueli Domingues, diretoria do Sinsprev-SP, além do companheiro militante da UNEafro e do movimento negro, professor Jaime Amparo, doutorando pela Universidade do Texas-EUA. Os convidados provocaram profundo debate sobre as lutas do povo, abordando principalmente a matriz de dominação capitalista, a partir de Raça, Gênero e Classe.



Os dois períodos seguintes, tarde e noite, ficaram por conta das provocações e reflexões sobre o papel político e prático do movimento em nossas comunidades, com a ajuda da convidada Samara Marino, do Núcleo de Formação Política 13 de Maio. O momento permitiu espaço para debates em grupos e aproximação entre os presentes para expor pontos de vistas e inquietações.



Já no Domingo o período da manhã foi ocupado por uma longa e tensa plenária de deliberações internas do movimento, onde foram feitos os principais encaminhamentos e decisões. A tarde foi marcada por saborosa confraternização com direito a churrasco e samba de roda com a Comunidade de Samba Dandara.

·         Formação Política é Prioridade.
O maior consenso entre todas/os as/os delegadas/os da Assembleia foi a necessidade em aprimorar os momento de formação política dirigida aos participantes dos Cursinhos da UNEafro. O Grupo de Trabalho de Formação Política foi recomposto e vários militantes se dispuseram a contribuir. Eixos fundamentais da elaboração e prática de formação política para o próximo período: Questão Racial, Questão de Gênero e Luta de Classes. A assembleia também aprovou um encontro mensal fixo para esse grupo.

·         Questão Pedagógica e Professores Militantes
Um grupo de militantes se dispôs a encampar uma importantíssima tarefa para os cursinhos comunitários: o trabalho de mobilização e captação de novos professores para os núcleos e ao mesmo tempo irão sugerir atividades de formação para professores ao longo do próximo semestre.



·         Campanha pelos 10% do PIB para a Educação: Por que e para quê?
Pela criação de uma Política de Garantia Permanência para Estudantes da Pré-Escola ao Ensino Médio.

Há uma compreensão de que investir em educação é primordial para o combate a miséria, uma vez que a pobreza está umbilicalmente relacionada ao não acesso a educação. Sabe-se também que 2/3 da população brasileira estacionada na faixa da miserabilidade é negra e que o analfabetismo, a evasão escolar e o não acesso à Universidade atingem a população mais pobre e, especialmente e população negra. Evidentemente que o aumento para 10% do PIB para a educação deve interagir com essa realidade, encarar os problemas de falta de atratividade e degradação do ambiente escolar, fragilidades familiares, consumo de drogas e envolvimento com o crime organizado, melhorias de infraestrutura, merecido aumento real de salários e plano de carreira para funcionários e professores e uma efetiva integração com as áreas da assistência social, saúde, justiça e garantia à segurança e integridade. No entanto, a principal motivação para o não acesso e/ou a evasão escolar é justamente a necessidade do jovem em ajudar na subsistência da família, ou seja, o abandono da escola e a busca de trabalho e renda.

Dessa forma, defendemos que o aumento dos investimentos em Educação para 10% do PIB deve garantir também a implantação de uma Política de Garantia Permanência para Estudantes da Pré-Escola ao Ensino Médio.

Essa Política de Garantia de Permanência de Estudantes da Pré-Escola ao Ensino Médio deve se inspirar no modelo de política de permanência adotado pelas Universidades Federais, que por meio de bolsas-auxílio, garantem moradia, alimentação e transporte aos estudantes. No caso mais específico, o benefício deve ser ampliado no sentido de garantir que o aluno não seja obrigado a deixar os estudos para ajudar no sustento da família.



·         Efetivação da Lei 10639/03
Mínimo obrigatório de 10% dos recursos destinados para a educação, dirigido à efetivação da Lei 10639/03, em níveis de Federação, Estado e Municípios!

 A aprovação da Lei 10639/03 foi uma das poucas vitórias institucionais do movimento negro em todos esses anos. No entanto, o sentimento é de que ganhamos, mas não levamos! A lei não se efetiva, em parte por falta de vontade política dos governos e por outra pelas desculpas de “falta de verba pública”.

Exigimos que, independente do aumento do percentual do PIB em Educação, que os gestores públicos sejam obrigados a investir ao menos 10% de seus recursos em Educação, especificamente para a efetivação da lei 10639/03, e que a cada ano apresentem um planejamento de destinação para a área da educação antirracista nos municípios e estados. A Fiscalização dessa aplicação deverá ser realizada pelos setores competentes do estado e pela sociedade civil organizada, em especial os movimentos negros de cada localidade. Tudo isso sob pena de prevaricação.

A UNEafro-Brasil provocará campanhas por projetos de Lei de iniciativa popular e/ou proporá a apresentação da peça por parlamentares comprometidos com a luta anti-racista.




·         Reivindicação junto ao MEC: Cursinhos Comunitários e Populares de todo o Brasil
UNEafro-Brasil exige material didático público para livre reprodução!

Há em todo o país uma infinidade de iniciativas similares a nossa atuação. A UNEafro-Brasil constitui uma das maiores redes de Cursinhos Comunitários ou Populares que se dedicam à proporcionar oportunidades de acesso ao conhecimento e à melhoria de condições de vida para aqueles que não foram agraciados com o crescimento econômico do último período.
Apesar das possíveis diferenças de atuação, método e finalidade política, há sem dúvida uma necessidade comum em todas as experiências: o Material Didático.

Dessa forma, requeremos uma audiência junto ao Ministro de Educação Fernando Haddad, no sentido de dialogar sobre a realidade dos Cursinhos Comunitários e Populares no Brasil e demandar objetivamente as seguintes reivindicações:

·         Elaboração de Material Didático Preparatório para ENEM e disponibilização do conteúdo público para reprodução livre para estudo por parte de todos os Cursinhos Comunitários e Populares do Brasil e a elaboração de material para aplicação de Simulados de Exame do ENEM, voltado para alunos estes Cursinhos;

·         Disponibilização deste mesmo material impresso para os estudantes do 3º ano do Ensino Médio em todo o Brasil;

·         Viabilizar em médio prazo, a disponibilização deste material impresso, a ser distribuído às redes de Cursinhos Comunitários e Populares devidamente cadastradas no MEC;

·               Política de Permanência em Universidades e Institutos Federais

Ampliação das Políticas de Permanência nas Federais com cotas

A Assembleia da UNEafro-Brasil indicou outra cobrança de política pública na área racial: exigir que a ampliação para 10% de investimento do PIB na Educação tenha previsão de, no mínimo, dobrar as bolsas permanências (moradia, alimentação e transporte) especialmente para cotistas negros e de escolas públicas, nas universidades que adotam cotas, como é o caso, por exemplo,  da UFABC, UFSCar e UNIFESP no Estado de SP. Isso para todo o país. 

·         Implantação da UNIFESP Zona Leste

UNEafro reforçará a campanha pela Federal da Zona Leste
Diante da grande demanda de cursinhos comunitários na Zona Leste de São Paulo e, fundamentados em nossa defesa incondicional de cotas raciais nas Universidades Públicas, passaremos a reunir esforços no sentido de engrossar o caldo de mobilizações populares em torno da implantação do Campus da UNIFESP em Itaquera-SP.


·         Jornada Nacional de Lutas

Brasília de 21 a 27 de Agosto!

A UNEafro-Brasil participará da Jornada Nacional de Lutas, junto aos diversos movimentos populares do Brasil, de 21 a 27 de Agosto, quando ocorrerão atos de protesto e de formação em torno de vária reivindicações, ente elas a Campanha contra Agrotóxicos; 10% do PIB para a Educação; Energia; Luta pela Terra; Transportes Públicos; Redução da Jornada de Trabalho e Reforma Tributária.

De nossa parte, a contribuição para a Jornada de Luta se dará principalmente no tema da Educação, Cotas nas Universidades e Campanha contra o Genocídio da População Negra.


Jornada de Lutas em São Paulo!

A UNEafro somará seus esforços junto ao conjunto de movimentos populares também em São Paulo, para a realização de uma grande manifestação que, assim como em todo o país, colocará em pauta os assuntos de interesse do povo brasileiro.



·         Nossas Bandeiras na Jornada Nacional de Lutas:

ü  10% do PIB para Educação Já!
ü  Por uma Política de Permanência de Negros e Pobres da Pré-Escola ao Ensino Médio!
ü  Material Didático Público para Cursinhos Comunitários e Populares!
ü  Mínimo obrigatório de 10% dos recursos destinados para a educação, dirigido à efetivação da Lei 10639/03, em níveis de Federação, Estado e Municípios!
ü  Pela ampliação de vagas em Universidades Públicas!
ü  Por Cotas para Negros e Negras em Universidades Públicas Estaduais!
ü  Por liberdade e Autonomia, pelo vim da violência homofóbica!
ü  Pelo fim de todas as formas de exploração e violência contra a mulher!
ü  Pelo fim do genocídio da população Negra!
ü  Pela aprovação das Cotas Raciais no STF;
ü  Pela Regularização dos Territórios Negros Quilombolas e de Matriz Africana.